Mas eu desconfio que a única pessoa livre, realmente livre, é a que não tem medo do ridículo. -Luiz Fernando Veríssimo
sexta-feira, 27 de julho de 2012
Meu Primeiro Desejo
Estou tentando pensar em algo para
escrever, mas estar muito difícil, esse barulho por todos os lados, essas
perguntas, essa impaciência terrível... De vez em quando, vêm na minha mente várias
palavras cheias de sentimentos para serem colocadas no papel, e de repente
perco-as colocando outros pensamentos sem nexos. Escrevo, escrevo... Apago! Ah,
assim não vai dá certo. Tive uma idéia; Tentei me colocar no lugar de outros
escritores conhecidos, que já têm experiência em controlar as palavras; não deu
certo. Cada escritor tem um jeito, um sentimento, uma imaginação única de se
escrever. Dependem das suas ilusões, conservações e desejos ainda não
realizados. Acredito eu, que ninguém deve criticar a forma do outro escrever;
cada um sabe o que escreve. Tentei me colocar no lugar dos cantores e
compositores, sim, tentei. Os compositores escrevem letras de música para que
os cantores possam interpretá-las com suas emoções; é uma união completa, comparei
os compositores com os escritores e os cantores com os leitores, mas também não
veio nenhuma palavrinha. Coloquei-me também no lugar dos poetas, oh! Foi uma
viagem incrível; os que mais me identifiquei foram os romancistas que despejam
seus completos conhecimentos para criar novas imagens e com isso saciam os
desejos dos leitores. E mesmo eu tendo passado por todos eles o que consegui
foi nihilitas nihilitatis[1]...
O silêncio me deixou, só com ele posso me expressar. Já estou com raiva, não
sei se é de mim, que não consigo pensar em palavras ou da situação, que não me
deixa exprimir minhas alforrias, mas não quero só palavras, quero também sentimentos.
Como sou exigente comigo mesma. É melhor desistir. ESPERE, não pensei nelas.
Sim! As estrelas. Posso compará-las com os sonhos, ambos são infinitos. Ninguém
deixa de sonhar, enfim, são os sonhos que nos movem.
E.R.O
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